domingo, 29 de novembro de 2015

Mulheres e Revolução Francesa

   5 de outubro de 1789. Nesta data o mundo se transformou; pela primeira vez na sociedade moderna viu-se a força do sexo feminino em ação. Em plena agitação da revolução francesa, cujos princípios eram “LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE”, as mulheres viram no movimento uma chance de mudarem a sociedade em que viviam e possuir os mesmos direitos que os homens, tomando as rédeas de suas vidas e deixando de lado a personalidade passiva que uma dona de casa deveria se enquadrar.
   Exemplos de mulheres que marcaram seu nome na história do movimento são: Chalotte Corday e Olympe de Gouges, responsáveis, respectivamente, pela morte de Marat (o responsável pelas barbaridades da guilhotina) e pela idealização dos Direitos da Mulher e da Cidadã durante o período da primeira assembleia. Devido às suas ações, ambas foram mortas tornando-as martins para suas semelhantes e fazendo com que seus nomes sejam citados até os dias atuais.
   A revolução não conseguiu contemplar todos os seus ideais, deixando boa parte da população francesa fora do governo, dando uma impressão que de nada tinha adiantado por que não possuíam voz no governo. Contudo, as mulheres conseguiram dar o primeiro passo para a tão sonhada igualdade de gênero, mesmo que ainda não possuíssem direitos políticos na nova fase que se instaurara, elas se faziam presentes no novo cenário francês pelas funções de fiscais sob os deputados e porta-vozes dos acontecimentos da assembleia à população.  Théoigne de Méricout e Etta Palm d’ Aelders são exemplos dessas mulheres.

   “Os homens tomaram a Bastilha, as mulheres tomaram o Rei”: Jules Michelet (historiador francês) resumiu assim o alcance da primeira grande manifestação política ocorrida na Revolução Francesa.